terça-feira, 2 de julho de 2013

O Tempo Por Si Só



Em um sábado à noite, diga-se de passagem, normal, como outro qualquer, eu estou rodeado pelos amigos do dia-a-dia, assentado em volta de uma mesa de bar pra aliviar o estresse e pra atualizar as conversas que ficaram atrasadas, relembrar as memórias que se perderam ao longo do caos de mais uma semana que termina.

E por mais incrível que isso possa parecer, é agora, nesse exato momento, que as ideias começaram a fluir na minha cabeça e eu assumo as ferramentas do meu celular como um lápis e uma folha de papel e boto pra fora os meus pensamentos enquanto ouço os risos, as notícias e histórias.

Eu poderia dizer que isso é hipocrisia, ou então eu poderia dizer que essa atitude chega a ser até um pouco anti social de minha parte, mas ainda assim, eu prefiro aceitar que eu não sou muito adepto à "paixão nacional" e não tenho o hábito, muito menos conhecimento suficiente para discutir com os meus amigos sobre futebol. E por um lado isso acaba sendo bom, porque afinal, quem diria que esse texto iria surgir em uma mesa de bar?

O engraçado é que há algumas semanas, eu estava conversando com a Carol Souza sobre algumas coisas a respeito de nossas vidas, das ideias que temos sobre certas coisas, objetivos... e nessas idas e vindas, ela me questionou sobre o porquê de eu não estar mais escrevendo para o meu blog e eu respondi à ela que na verdade eu até tenho escrito algumas coisas, mas por falta de tempo e talvez até mesmo por falta de inspiração, todas essas coisas que eu escrevi, acabaram por não ter um fim.

E isso me deixa muito angustiado, porque escrever é uma das coisas que faz eu me sentir mais feliz e eu fico ainda mais angustiado pelo fato de eu ter passado pelo menos as últimas duas horas olhando pra essa “folha” em branco, sem saber por onde começar. É irônico, porque eu sempre preguei que tenho certa afinidade com a escrita, mas de um tempo para cá, por mais que eu me esforce, os meus pensamentos me sufocam e eu me perco em meio às palavras sem saber se vou conseguir expressar bem as coisas que sinto e se isso vai ter algum significado para alguém.

Agora que tudo começa a fluir, eu posso dizer através de todas essas palavras, que essa conversa com a Carol me fez parar um pouco pra pensar no ‘tempo’. E de lá pra cá, esse termo ficou soando na minha cabeça, como se fosse um sino que não parasse de bater... Essa conversa me fez parar pra pensar no quanto o tempo é precioso, e ao mesmo tempo, no quanto ele é injusto.

Eu digo precioso, porque ele faz com que a vida passe num piscar de olhos e dessa forma ele nos força a valorizar aquilo que somos e aquilo que temos hoje, para que assim, quando chegarmos ao final de nossas vidas, restem apenas boas lembranças e a certeza de que fizemos tudo que podíamos para vivermos uma vida melhor, como pessoas melhores, em um mundo melhor. Mas em contrapartida, o tempo é injusto porque direta ou indiretamente ele acaba tirando de nós aquilo que temos de mais precioso: as pessoas que amamos.

Hoje me bate um aperto tão grande no coração, exatamente por saber que até aqui a vida me levou tão longe e o quão distante ela colocou algumas pessoas de mim. Nesse instante eu olho à minha volta e posso olhar nos olhos desses meus amigos... Eu vejo esses sorrisos, esses rostos queridos que hoje estão ao meu lado, mas num amanhã não muito distante, só DEUS sabe onde eles estarão ou em que lugar do mundo eu estarei.

Muitas pessoas passam pelas nossas vidas. Algumas deixam pedaços, outras levam pedaços - muitas vezes, pedaços preciosos -. Todos os dias pessoas entram e saem dos nossos corações, mas nenhuma delas é capaz de suprir a falta daqueles especiais que se foram, ou que ficaram pra traz. E não importa em que lugar do mundo você esteja, ou com quem você esteja; quando estamos longe de casa, longe das pessoas que amamos, a única certeza que temos é a de que quanto mais o tempo passa, a sensação é de que estamos cada vez mais sozinhos.

Agradeço a DEUS pela vida que tenho, pela família que tenho, pelos amigos que tenho, pois eu sei que são eles, onde quer que eles estejam, que me transformam no melhor que eu posso ser.

E não importa aonde a vida vai me levar... eles sempre estarão comigo.

Essa é a certeza que eu tenho.

Espero que gostem.


Fiquem na PAZ! :)

2 comentários:

  1. Por isso amo seus textos, é como se eu tivesse lendo algo que eu mesma escrevi. "E não importa em que lugar do mundo você esteja, ou com quem você esteja; quando estamos longe de casa, longe das pessoas que amamos, a única certeza que temos é a de que quanto mais o tempo passa, a sensação é de que estamos cada vez mais sozinhos." Achei algo que traduz o que sinto agora. Sério Tuh, não pare de escrever!

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  2. Que bom que gostou Carol!
    De coração, eu fico muito feliz por isso, pois pra mim é muito importante que as minhas palavras signifiquem algo pra alguém! :)

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