segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ao Acaso de Circunstâncias



“Existe uma maré na história dos homens. Deveríamos aceitar a enchente, pois ela nos leva à fortuna. Mas se omitida, a viagem da sua vida percorrerá vales e misérias... Num mar tão cheio agora flutuamos. E devemos pegar a corrente quando ela nos servir. Ou perder as aventuras que estão por vir.”

– William Shakespeare;


Há quem diga que um simples acaso pode transformar um momento qualquer em um dos mais importantes momentos de nossas vidas. E diante dos desafios que se levantam, eu não costumo fugir. Eu não me escondo “perante as garras ferozes das circunstâncias”. Eu sei que às vezes a vida se torna complicada, os obstáculos parecem cada vez maiores e o caminho mais árduo. Eu sei que às vezes nós perdemos a Fé, mas descobrimos rapidamente que é necessário acreditar, tanto quanto é necessário respirar, e que a Fé é tudo aquilo que temos, e ela é a nossa razão de existir.

Honestamente, eu acho que nesses meus 27 anos, eu já ‘morri’ pelo menos umas cem vezes, tentando entender “de onde vim, pra onde vou”... Travei enormes batalhas tentando entender aonde a vida vai me levar, mas descobri que, de certa forma, toda essa luta é em vão, por mais fácil que ela pareça ser; e descobri que não adianta querer brigar ou lutar pela simples certeza do ‘saber’, porque afinal, o futuro pertence a DEUS e a mais ninguém.

Eu sou pecador, como qualquer ser humano é. E como ninguém é perfeito, admito que cometo erros a todo instante. Admito que por certas vezes chorei enquanto ouvia uma música, caminhando sozinho pela madrugada; e descobri que às vezes a resposta que a gente tanto procura, é seguir em frente, manter o foco e tentar se manter absolutamente liberto de todas as amarras que as pessoas tentam te impor, haja o que houver.

Posso dizer que na minha vida, eu conheci muitos anjos. De algumas pessoas eu conheci o lado mais sombrio, e outras tantas, eu vi como são cheias de luz. E talvez, foi por isso que eu me tornei um cara um pouco fechado e extremamente cauteloso. Não pelas pessoas em si, mas pelo contraste que envolve as diferentes personalidades. Escuto tudo sobre todos à minha volta, guardo segredos obscuros, talvez, de pessoas que menos se imagina; mas raramente falo sobre mim. Não sou egoísta; e isso também não é porque eu não quero me expor ou porque eu tenho medo de me mostrar; quem convive comigo sabe que a minha vida é um livro aberto, mas em contrapartida, eu acredito que às vezes temos que guardar um pouco mais de nós para nós mesmos, para assim podermos refletir se somos o melhor que podemos.

E agora relembrando tudo isso, eu fico pensando em tudo que vivi em todos esses anos e acredito que na vida, o que todo mundo quer é ser feliz, indiferente da forma que a felicidade irá chegar. Todo mundo quer viver bem, sorrir, realizar sonhos e conquistas, amar e ser amado. Eu posso dizer com todas as letras, que conheci o amor; amei e ainda ouso acreditar que já fui amado intensamente. E cara, pode acreditar quando eu digo que aprendi muito com isso. Mas... como o amor envolve diversos sacrifícios, eu dei tudo de mim. Dei aquilo que eu tinha e corri atrás do que eu não tinha, aprendi tudo o que eu pude e ensinei tudo que eu sabia... mas como na vida nada é eterno, depois de um rápido piscar de olhos eu olhei pela janela e vi esse amor voar alto enquanto de dentro pra fora eu rasgava meu coração e arrancava as minhas asas, despencava do céu e me tornava humano de novo. Um pouco dolorido pela queda; um pouco frustrado pelas perdas; um pouco decepcionado pela incerteza, mas completamente consciente de que indiferente de qualquer coisa, no final das contas tudo isso valeu a pena.

Andei por muito tempo em mares de solidão. Levava nos olhos um olhar distante, como quem busca algo perdido no horizonte. Mas hoje eu sigo em frente, na luta, e levo no rosto um sorriso estampado, e ainda apesar de tudo, nas palavras de Rogério Flausino, eu “trago comigo a alegria de acreditar em dias melhores”.

Espero que gostem!

Fiquem na PAZ! :)