“Existe uma maré na história
dos homens. Deveríamos aceitar a enchente, pois ela nos leva à fortuna. Mas se
omitida, a viagem da sua vida percorrerá vales e misérias... Num mar tão cheio agora flutuamos. E devemos pegar a corrente quando ela nos
servir. Ou perder as aventuras que estão por vir.”
– William Shakespeare;
Há quem diga que um simples acaso pode transformar um momento qualquer em
um dos mais importantes momentos de nossas vidas. E diante dos desafios que se
levantam, eu não costumo fugir. Eu não me escondo “perante as garras ferozes das circunstâncias”. Eu sei que às vezes
a vida se torna complicada, os obstáculos parecem cada vez maiores e o caminho
mais árduo. Eu sei que às vezes nós perdemos a Fé, mas descobrimos rapidamente
que é necessário acreditar, tanto quanto é necessário respirar, e que a Fé é
tudo aquilo que temos, e ela é a nossa razão de existir.
Honestamente, eu acho que nesses
meus 27 anos, eu já ‘morri’ pelo menos umas cem vezes, tentando entender “de onde vim, pra onde vou”... Travei enormes
batalhas tentando entender aonde a vida vai me levar, mas descobri que, de
certa forma, toda essa luta é em vão, por mais fácil que ela pareça ser; e descobri
que não adianta querer brigar ou lutar pela simples certeza do ‘saber’, porque
afinal, o futuro pertence a DEUS e a mais ninguém.
Eu sou pecador, como qualquer ser
humano é. E como ninguém é perfeito, admito que cometo erros a todo instante.
Admito que por certas vezes chorei enquanto ouvia uma música, caminhando sozinho
pela madrugada; e descobri que às vezes a resposta que a gente tanto procura, é
seguir em frente, manter o foco e tentar se manter absolutamente liberto de
todas as amarras que as pessoas tentam te impor, haja o que houver.
Posso dizer que na minha vida, eu
conheci muitos anjos. De algumas pessoas eu conheci o lado mais sombrio, e outras
tantas, eu vi como são cheias de luz. E talvez, foi por isso que eu me tornei
um cara um pouco fechado e extremamente cauteloso. Não pelas pessoas em si, mas
pelo contraste que envolve as diferentes personalidades. Escuto tudo sobre
todos à minha volta, guardo segredos obscuros, talvez, de pessoas que menos se
imagina; mas raramente falo sobre mim. Não sou egoísta; e isso também não é
porque eu não quero me expor ou porque eu tenho medo de me mostrar; quem
convive comigo sabe que a minha vida é um livro aberto, mas em contrapartida, eu
acredito que às vezes temos que guardar um pouco mais de nós para nós mesmos, para
assim podermos refletir se somos o melhor que podemos.
E agora relembrando tudo isso, eu fico pensando em tudo que vivi em todos
esses anos e acredito que na vida, o que todo mundo quer é ser feliz, indiferente
da forma que a felicidade irá chegar. Todo mundo quer viver bem, sorrir,
realizar sonhos e conquistas, amar e ser amado. Eu posso dizer com todas
as letras, que conheci o amor; amei e ainda ouso acreditar que já fui amado
intensamente. E cara, pode acreditar quando eu digo que aprendi muito com isso.
Mas... como o amor envolve diversos sacrifícios, eu dei tudo de mim. Dei aquilo
que eu tinha e corri atrás do que eu não tinha, aprendi tudo o que eu pude e ensinei
tudo que eu sabia... mas como na vida nada é eterno, depois de um rápido piscar
de olhos eu olhei pela janela e vi esse amor voar alto enquanto de dentro pra
fora eu rasgava meu coração e arrancava as minhas asas, despencava do céu e me
tornava humano de novo. Um pouco dolorido pela queda; um pouco frustrado pelas
perdas; um pouco decepcionado pela incerteza, mas completamente consciente de
que indiferente de qualquer coisa, no final das contas tudo isso valeu a pena.
Andei por muito tempo em mares de
solidão. Levava nos olhos um olhar distante, como quem busca algo perdido no
horizonte. Mas hoje eu sigo em frente, na luta, e levo no rosto um sorriso
estampado, e ainda apesar de tudo, nas palavras de Rogério Flausino, eu “trago comigo a alegria de acreditar em dias
melhores”.
Espero que gostem!
Fiquem na PAZ! :)